domingo, dezembro 31, 2006

final em beleza!

(já que temos fama de fazermos deste nosso blog uma coisa muito intimista quase diário, cá vai guapa)

e assim terminaram em beleza os meus 30 e iniciaram os 31!!!!!!!
acho que os desejos de uns 30 tão bons ou melhores que os de uma GRANDE AMIGA minha (enviados no ano passado por esta hora via sms para marrocos) e que na altura no meio da minha neura do dia, nem sequer consegui imaginar que por algum acaso se pudessem realizar, concretizaram-se em cheio. Obrigada! Continua a desejar-me coisas boas com esse teu poder!!!!!
(Bem que todos vocês - os já trintões à época - tinham razão ao dizer que esta é a idade mais gira de todas eheheheh!!!!)

muito obrigada:
a todos os que ontem estiveram ao meu lado!
aos que não estando fisicamente, estiveram de coração e fizeram questão de lembrar isso via telefone
ADOREI!!!!
basicamente, obrigada a todos os me fazem chegar a esta hora, véspera de ano novo a sentir que esta máxima é a que mais conta na vida

É PRECISO É SABERMOS SER FELIZES COM AQUILO QUE TEMOS!!!!!!!! e eu, finalmente estou a conseguir sê-lo!
beijinhos e que o 2007 seja o melhor ano das vossas vidas

(agora tenho de ir para o último banho do ano e preparar-me para a festa de logo, no spot com a melhor vista para o tejo. já tenho o lugar marcado na primeira fila do camarote ehehehe!)

sexta-feira, dezembro 29, 2006

a mítica época do "encerrada para balanço"

é esta a época de...
sufocar nos centros comerciais com tanta gente, tudo em busca dos presente ideais;
procurar árvores de natal sem encontrar nada alem dos restos com pelo menos 2.10m de altura;
endoidecer no trânsito juntamente com toda a cidade que insiste em fazer das estradas uma pista de carrinhos de choque onde nem a buzina falta;
tentar esbater todas as chatices familiares do ano para que chegada a consoada o sorriso e a calma sejam possiveis;
dos filmes de sempre a passar na tv;
saber lidar com as ausencias tanto mais sentidas quanto as noites vão ficando maiores e os dias mais pequenos;
receber chamadas de números que não conhecemos a horas despropositadas e sms's da praxe que quase me fazem sentir mal por ter deixado de aderir a essa moda;
lidar com as sensibilidades extremas e as indiferenças exageradas;
desejar que para o ano o pai natal visite alguma criança na minha consoada
enjoar com tanto frito e doce
celebrar o dito NATAL no meio de tudo isso...
passar por ele e começar a fazer o balanço do ano, daquilo que fiz, do que não fiz e do que gostava de ter feito
de me preparar para mais um ano que passa, e com este já lá vão 31
de tentar planear o final de ano
para recomeçar tudo de novo

mas esta é também a época em que eu sinto que sou uma priveligiada porque:
tenho uma familia complicada mas que me dá muita luta e acima de tudo me faz viver sempre a caminho do melhor!
tenho amigos e outros apenas conhecidos que de repente aparecem no visor do meu telemovel em forma de sms da moda mas que me fazem perceber que estão lá para mim!
me apetece estar e dar e falar com as pessoas de quem gosto e que são tantas!

aqui vos confesso, este foi um dos melhores anos da minha vida nos últimos tempos, com muita coisa muito importante para mim que me irá marcar para toda a vida

VIVAM OS BALANÇOS e a maturidade que me faz chegar a este dia do ano sem estar a entrar numa neura!
amanha para terminar bem, muita gente importante para mim na minha casa nova no meu dia de anos!!!! É ou não é um ano fantástico este?!?!?!

ML

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Vietnam atrás das CANON...








a pedido de alguns
algumas das imagens...

ML

quarta-feira, dezembro 13, 2006

A Conchichina

onde a única regra de trânsito é não haver regra
onde 65% da população tem menos de 30 anos
onde se acorda às 6 da manhã e às 22 já não aguentamos as pálpebras
onde as mulheres mascam ervas para ficarem com os dentes pretos e fogem do sol e da cor que este possa dar à pele como o diabo foge da cruz
onde 54 etnias convivem numa sociedade comunista unipartidária que não cobra irs mas também não paga nem saúde nem educação
onde os ovos com embriões quase a nascer não são a antevisão de um cenário bonito de nascimento ao quebrar a casca e sim uma iguaria nacional
onde as massagens têm direito a conversas desenfreadas entre as massajadoras de serviço
onde os edificios têm as fachadas de 2 metros, profundidade de 10 e andares elimitados dependendo da dimensão da família
onde o salário médio são 25 dólares (qualquer coisa como 400.000 dongs)
onde os cães, galinhas, porcos e gatos são todos animais domésticos e comestíveis
onde andar de bicicleta é uma actividade radical de grande adrenalina só conseguido ser ultrapassada com um atravessar de estrada em Hanoi
onde as mulheres andam com chapeus cónicos e os homens com capacetes vietcongs
onde no meio do nada ao apreciarmos uma paisagem de cortar a respiração conseguimos ouvir uma flauta que nos encanta e hipnotiza que nem serpentes que aplaudem de pé o artista que agradece com a continuação do concerto
onde as motas são o trasporte familiar, o transporte comercial, o transporte industrial, o transporte nacional, o transporte universal e onde LOTAÇÃO ESGOTADA não entra
onde o leite praticamente não existe e o único vestigio dele que se vê com alguma afluência é a irritante "vaca que ri" (finalmente percebi que não se ri em vão, e sim a gozar com a nossa cara)
onde a buzina serve de cumprimento, sinal de presença, distração nacional e banda sonora permanente
onde só se pode ter dois filhos por casal
onde a humidade nos cola a roupa ao corpo
onde não se usa capacetes, até porque senão como se ouviriam as buzinadelas?!?!
onde quem chega aos 30 sem ser casado só pode ser por um problema "de cabeça"
onde Ho Chi Min é o heroi e o pai da nação
onde o Viagra é o vinho de arroz, e que pelo sim pelo não é bebido pelos homens todas as noites (mulheres não podem)
onde a lua se consegue ver entre as nuvens iluminando as ilhotas da baia de Halong
onde se passeiam os pássaros e se pastam os patos
onde "you can't kiss on the street but you can piss"
onde os homens dançam como mulheres e as mulheres como serpentes
onde na praia a "Happy Hour" é uma constante ainda com a garantia de que "no good no pay"
onde o abecedário utilizado foi levado por portugueses
onde os sorrisos limpam a higiene e esbatem a miséria
onde a uma rejeição a esperança nunca é perdida "maybe later"
onde as crianças trocam Hellos aos nossos desajeitados xin chaos e retribuem com gargalhadas as fotos que lhes tiramos
onde o nevoeiro nos camufla o precipicio e salvaguarda os que sofrem de vertigens
onde se conseguem conhecer 13 bo dão nhas com quem se criam alguns elos de ligação
onde o difícil é encontrar a fotografia que ilustre isto tudo
onde EU FUI FELIZ

ML

quarta-feira, novembro 22, 2006

Os 30

sem dúvida uma nova fase da vida, deixamos grande parte das adolescenciasices para trás e temos o peso da responsabilidade de "já termos 30". 30 implica muita coisa mesmo, nesta sociedade o "ter 30" (apesar de cada vez menos) ainda continua a ser sinónimo de uma série de obrigações que já deveriamos ter cumprido. Ter um emprego estável onde nos sintamos realizados, rodeado de uma vida de familia nuclear feliz e completa (sim, daquelas com marido e filhos, cães, mais 10 kilos e uma casa a pagar nos próximos 40 anos a perder de vista), termos uns pais que nos cobram tudo isso e que por causa disso, ou não, ajudam a que tudo isso se concretize além de termos toda a gente a olhar para nós como umas senhoras, a quem o sr do café já não diz "diga lá menina o que deseja" e sim, "diga minha senhora em que lhe posso ser útil".

Para mim não são isso, mas digo-vos que têm sido muito bons! Casa linda e finalmente MINHA (aqui não me escapei às leis da sociedade, não a 40 mas a 30 anos...); amigos verdadeiros à minha volta e a capacidade de relativizar as coisas menos boas de cada um, os meus sobrinhos emprestados (hoje mais uma para o role, e desta feita de uma das minhas melhores amigas, parabéns Yola e bem vinda ALice :-)); na véspera de fazer uma das viagens da vida; com os mesmos problemas familiares de sempre mas com uma interpretação e força diferentes; com um trabalho que não me realiza em pleno, mas há dias em que não anda longe (hoje não é um bom dia para falar disso, mas na volta tudo se resolve...); com o sr do café a perguntar-me "o que deseja menina); sem familia nuclear, nem marido, nem filhos, nem cão, nem 10 kilos a mais (nesta caso pelo contrário eheheeh). E cada vez mais próxima daquilo que se considera uma pessoa feliz que muitas vezes se sente uma privilegiada, mesmo que muitas vezes no meio do caos.

beijos e até ao meu regresso ainda mais zen e orientalizado (assim espero)
ML

terça-feira, novembro 14, 2006

será isto o tal "lar doce lar"

um mês passado e um dia passados do dia da mudança e o saldo é bastante positivo. Dou por mim sentada no sofá ali incrédula que esteja a viver uma realidade...Deixei de ser "nómada" e a questão é: saberei eu viver de outra forma?!?!?! A MINHA casa está linda, apetecível e de braços abertos para acolher. Acho que está quase a chegar ao ponto de estar "irresistível" :-)

ML

sexta-feira, novembro 10, 2006

Never eat breakfast alone!


Hoje o rock e a salsa estavam mais bonitos que nunca. Tomei o pequeno almoço nas calmas e só depois fui buscar a máquina. Colaboraram. Eles já sabem, é da praxe!

segunda-feira, outubro 30, 2006

Cidade a ponto luz bordada...


haverá melhor definição desta terra?!?!
!!!ribatejana declara-se cada vez mais apaixonada por Lisboa!!!
ML

quinta-feira, outubro 26, 2006

é virar o amor para dentro

"Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.

Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes
E eu acreditava.

Acreditava.
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.

Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor
já se não passa absolutamente nada.

E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus."
ADEUS by Eugénio de Andrade

ML

quarta-feira, outubro 18, 2006

Lar Doce Lar

Sexta-Feira, 06 de Outubro de 2006

Festival Y#4 arranca hoje, na Covilhã “Presença, apegos e nostalgia” são os sentimentos que se pretendem mostrar através dos objectos. A peça tem 40 minutos de duração e está classificada para maiores de 16 anos.


“Lar doce Lar” é um teatro de objectos que, hoje, sobe ao palco do Teatro das Beiras, na Covilhã. O espectáculo tem cerca de 40 minutos de duração e “é uma caixinha de música com todas as recordações tremulando cada vez que lhe damos corda”, descreve uma das autoras e também actriz, Jeannine Trévidic. Integrada no Festival Y#4 – que começa hoje e termina a 31 deste mês, organizado pela companhia Quarta Parede –, o espectáculo volta à sala covilhanense, no dia 8 e depois a 12, sempre às 21h30.

Segundo a sinopse escrita pela autora, “fomos à procura do que os objectos contam da nossa presença, do nosso apego, da nossa nostalgia. No fundo, são a prova dessa mesma verdade”, escreve. A performance está classificada para maiores de 16 anos.

“Lar doce Lar” foi criada por Jeannine Trévidic e Sílvia Ferreira, sendo também as duas responsáveis pela interpretação do espectáculo. Bruno Cintra trata da direcção cénica e luzes, Delfsky da banda sonora, Rosa Fazendeiro é a responsável pelo guarda-roupa, enquanto Rui Cena e Celina Gonçalves encarregam-se da produção.

segunda-feira, outubro 16, 2006

sexta feira 13 (out 2006)

quem disse que era dia de azar!?!?
talvez um dos melhores dias da minha vida
a concretização de um sonho
o inicio de uma nova vida
bloco d2 6ºA!!!!!!!!!!!!!!!
ML

sexta-feira, outubro 13, 2006

Ocorrência!

Quis a sorte – ou, por outra, o enorme azar de um abcesso num dente – que eu fosse confrontada, mais uma vez, com um médico recém licenciado, desta vez com uma Senhora Doutora Odontologista, cuja a aparência era a de não ter mais do que 26/27 aninhos…

Entrei no consultório e, depois de olhar para a minha ficha (previamente preenchida pela assistente), pergunta-me ela assim: - Então a Isabel, de que é que se queixa? Fiquei um momento na dúvida entre ficar aborrecida com as “confianças” ou ficar lisonjeada por ela me considerar da idade dela, ou seja, 10 anitos mais nova… Preferi optar pela segunda hipótese e contei-lhe o que se passava: uma fortíssima dor de dentes, que não me tinha deixado dormir. Mandou-me sentar e, assim que me apanhou de boca aberta, toca de martelar em todos os dentes para saber se me doía. Como teve pouca sorte e começou pelo lado errado, eu tive de a interromper a meio e dizer-lhe que a dor era no lado oposto. Olhou então na direcção certa e, depois de fazer um exame rigoroso, proferiu o diagnóstico, preciso, rigoroso e inabalável: “Trata-se aqui de uma ocorrência dentária.” Ah, pois é!!!! Quando se utiliza terminologia específica e a gíria adequada, tudo fica muito mais claro!

Depois de detectado e correctamente identificado o problema, avisou-me de que iria fazer um Raio-X para tentar perceber a origem da referida ocorrência dentária. E assim foi! Fez-se o Raio-X e, mais uma vez, o diagnóstico não tardou, objectivo e conciso: “Os dentes não têm nada. O que a Isabel tem é um episódio gengival.” Estava eu ainda de boca aberta (desta vez, de espanto!), esmagada pela infalibilidade do veredicto, e já ela sacava dos autocolantes cor-de-rosa e do bloco das receitas, onde começou então a medicar: “Vai fazer o Clavamox durante 8 dias, Brufen de 8 em 8 horas, Ben-u-Ron também de 8 em 8 horas, e o Clonix 2 vezes por dia, em SOS. Do Clonix é que não convém realmente passar das 2 vezes/dia, porque é muito forte.” Desmoralizei… Senti-me a pia de despejo dos remédios fora-de-prazo do hospital de Sta. Maria… Para fim de consulta, e porque já estava perfeitamente esclarecida quanto ao mal que me atormentava a boca, perguntei apenas qual era a causa da inflamação na gengiva, ao que a Sra. Doutora respondeu que o próximo passo, caso o abcesso não passasse com a avalanche de remédios que ela me prescreveu, seria a “desvitalização do dente, e até eventualmente a extracção”. Porque é que se vai arrancar um dente são? Isso já não perguntei, não fosse ela responder-me que “uma ocorrência dentária dá geralmente lugar à extracção de dentes sãos, haja ou não um episódio gengival associado”….

E pronto! Depois de pagar a bonita quantia de 37€, que me custaram mais a dar do que me teria custado a efectiva “extracção” do dente, lá me retirei do consultório e fui para casa.

Ficam então aqui os ensinamentos que retirei desta sessão de consultório:

1. Primeiro há a “ocorrência”, ou seja, a classificação do problema. Assim, se for uma dor num dente, a ocorrência é dentária; se for uma dor de barriga, é uma ocorrência gastro-intestinal; e se for falta de tusa, será uma ocorrência urológica.
Parece-me que, até aqui, não há dúvidas…

2. Dentro da ocorrência há então o “episódio”, ou seja, a origem ou causa do mal. Retomando os exemplos anteriores, a ocorrência dentária era devida a um episódio gengival, como a ocorrência gastro-intestinal poderá ser originada por um episódio gástrico, hepático, ou até anal/rectal; e como a ocorrência urológica poderá ser causa por um episódio testicular ou, talvez até, “penal” (de “pene”….)

Parece fácil, não? Então, e as sub-divisões?! Imaginemos que a dor de barriga se deve a gases no intestino. Não há dúvida que se trata de uma ocorrência gastro-intestinal, e que se trata de um incómodo causado por um episódio intestinal. Mas, e a parte dos gases, como é que se define? Eu chamar-lhe-ia um “apontamento”, neste caso “gasoso”. Ficava assim:

“O que o senhor apresenta é uma ocorrência gastro-intestinal, provocada por um episódio também ele intestinal, o qual é causado por um apontamento gasoso.” Eu, pessoalmente, acho que fica bonito, mas enfim, aceitam-se outras sugestões….

Não hão-de os médicos andar 6 anos na faculdade…!!!!
Isabel Palma

terça-feira, outubro 03, 2006

Há lá nada melhor!



Não posso deixar de vos contar a última… se pensam possuir tudo de última geração, tenho a certeza que não têm uma destas!!! Apresento-vos uma SANITA COM SISTEMA DE LAVAGEM E SECAGEM INTEGRADO.

Podem crer. Surreal. Eu ia morrendo, as minhas gargalhas quase me sufocaram! Afinal, não todos os dias que uma simples ida ao WC no trabalho acaba com um jacto de água projectado nas zonas sensíveis seguido de secagem… quis repetir, mas o mulherio já fazia fila para experimentar e achei por bem não privá-las mais desta experiência!

Giro, giro é que não havia nenhum elemento do outro sexo entusiasmado com a coisa. Não fiquei para ver, mas tenho a certeza que foram experimentando durante a tarde, minimizando a probabilidade de se cruzarem com uma colega mais atrevida que lhes perguntasse “Então? Foi bom? Sentiste-te limpo, aliviado, sequinho? Fez-te cócegas, impressão?”

sexta-feira, setembro 29, 2006

6 de Outubro de 2006 às 12.30

a concretização de um sonho com mais de 4 anos. Tudo se passará na Rua Mouzinho da Silveira!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

ML

rumo a sudeste

onde pouco há de igual
onde os rios são perfumados
onde os arrozais são de perder de vista
onde os olhares são hiper-angulares
onde os chapeús acompanham esse angulo
onde os americanos "perderam as botas"
onde a humidade nos cola à roupa
onde as paisagens cortam a respiração
onde o chá rega todas as horas do dia
onde os relógios pouco importam
onde a única coisa conhecida é parte do eu que vai
onde a Canon será a minha melhor amiga
onde vou sentir a vossa falta
onde sinto que serei feliz

ML

quinta-feira, setembro 21, 2006

...

"Gotta find me an angel
To fly away with me
Gotta find me an angel
Who set me free
My heart is without a home
I don't want to be alone
Gotta find me an angel
In my life
Too long have I loved
So unattached within
So much that I learn
That I need somebody so
Still I'll just go on
Hoping that I'll find someone
Gotta find me an angel in my life
I know there must be someone, someone for me
I've lived too long without the love of someone
And there's no misery, like the misery I feel in me
Gotta find me an angel in my life
She'll be there, now don't you worry
Keep looking now just keep looking"
simply red

ML

segunda-feira, setembro 11, 2006

Life is so simple!

"faça o que quiser
viva o que vier
seja onde estiver
faça o que puder
viva como der
sinta o que vier
seja o que quiser
faça o que fizer
pegue o que puder
viva onde estiver
seja como for, amor"
Clã

ML

sexta-feira, setembro 08, 2006

Simply... pouco


Estivemos lá, eu e a guapa. Também vos soube a pouco?
O nosso Mick, com os seus respeitosos quase 50 anos estava em baixo. Digamos que lá em cima também não chegava o melhor sound system. Houve alturas em que Mick fingia estar ao vivo no país irmão... mas a malta não ligou nada! Faltou-nos um "angel" e um "say you love me".

terça-feira, agosto 29, 2006

Poesia


"Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira."

Carlos Drummond de Andrade

cá vai um bocadinho... hope you enjoy it!!!



Lua de sabão
"sabes o que eu gostava?
ter fôlego suficiente para fazer uma lua de sabão
redonda, frágil mas intocável
cheia, brilhante mas permanente
nostalgica, romântica mas sorridente
distante, rara mas memorável

uma dessas luas que fazem sonhar
dessas luas que nos lembram que estamos vivos
dessas luas que nos trazem à memória
momentos lindos jamais esquecidos

E depois, sabes o que eu queria?
conseguir rebentar todas as outras luas feitas de lágrimas
aquelas que nos magoam e fazem chorar
que nos lembram que não é assim que queremos estar
..sozinhos, tristes e a pensar que queriamos ter alguém para nos abraçar
aqui, agora, já

antes que este luar
(aquele que ainda é lindo e transparente como uma bola de sabão)
desapareça para sempre
ofuscado pelo eclipse daquele outro
que teima em nos fazer chorar..."
ML Setembro de 2004

sexta-feira, agosto 25, 2006

Um desejo pedido ao Aladino!

seria pedir muito?!?!!?
:-)
(devo confessar que se me cantassem desta forma sentida esta música, acho que até ponderaria a hipótese de me casar ehehehe!!! Não revelem este segredo a ninguém...)
ML

quarta-feira, agosto 23, 2006

A verdade inquestionável do cão de porcelana

Ele era um poeta frustrado.
Tinha ambições muito elevadas de um dia ser melhor que o seu grande ídolo, aquele que se passeava por Lisboa de chapéu e óculos redondinhos falando a quatro vozes, tão marcantes, que à primeira vista se estranham mas facilmente depois se entranham.
O pseudo-poeta com ambições a PESSOA de quem vos falo ronda os 40 anos e insiste em andar de bigode apesar desse bigode já não ser do seu tempo. Creio que o deve ter, na esperança que esse lábio farfalhudo lhe traga a inspiração suficiente para acobreado pela homenagem, se sentar ao lado do Outro na brasileira.
A sua “bíblia” trá-la sempre consigo, amarela esfarrapada, a cheirar a mofo e com muitas lágrimas absorvidas pelas suas páginas. Essa “bíblia”, a edição de poemas mais que lidos do Outro, cheira a tristeza e a nostalgia, a felicidade e a esperança. O dia que a comprou numa feira de antiguidades e alfarrabistas algures (onde mais poderia ser) lá para os lados do Chiado, está registado na sua agenda que guarda com todo o carinho.
10 de Junho de 1973, o dia em que descobriu que não era a medicina que herdara de família que iria seguir. O dia em que descobriu que a sua vocação era de facto tratar do coração dos outros e faze-los viver, não com o estetoscópio e bisturi, mas sim com a tinta que poderia sair da sua caneta de estimação. E que estima ele tinha por ela... de tal forma que a guarda até hoje. Afinal não foi com ela que o primeiro verso nasceu?! Guarda-a, mesmo não escrevendo há anos, a ela e à sua sucessora em tudo igual à primeira, incluindo a forma como a tinta acabou sem hipótese de ser substituída.

Agora, com outra caneta nova, mais moderna e sem pretensões a substituir o que quer que seja apenas existindo para o que foi criada, ele percorre as ruas de Lisboa. Todos os dias segue os mesmos passos que o Outro seguiu um dia, visita os cafés que ele visitava. Fica horas na esplanada do Martinho a olhar para a praça majestosa e à espera que esta lhe traga um dia finalmente a Luz. Estes passos rotineiros só são interrompidos com as idas (elas de si já também algo rotineiras) a todas as editoras à procura que um dia alguém encontre nele o talento que ele próprio, por mais que queira não consegue ver.

O cãozinho de porcelana que a vizinha tem à janela, todos os dias o vê sair e voltar cada vez com a cara mais escondida e com os ombros mais descaídos que a anterior. Porque raio ele insiste em superar alguém que para ele é obviamente insuperável?! Porque raio ele não segue o seu caminho e não vai, como diz o Outro, para onde o vento o levar, sem se preocupar... até um cão de porcelana estático à janela da vizinha consegue ver isso, que raio...
ML

terça-feira, agosto 22, 2006

Façam figas!!!


Acreditem que é por uma boa causa :-)

segunda-feira, agosto 21, 2006

Bichinho Carpinteiro

Meu Deus, eu só pensava na Rueff e na personagem que a levou a criar o Zé Manel Taxista!! Diz que foi alguém que lá foi a casa. Diz que era de tal modo “mítico” que teve de criar um boneco para a personagem… e eu digo-vos que já tive a minha dose com o P. (é mais seguro ocultar-lhe a identidade) – o BICHO CARPINTEIRO.

P. - Eh pá ó C R I S T I N A, já cortei o cabelo, bebi duas bicas, fui à estação ver os horários e até tava numa de ir pró Meco a ver se apanhava um solinho… sim porque no Verão deixo às 4/5 da tarde! – entrou a matar após o meu tranquilo “Olá P., está tudo bem?"

6ª Feira, final de tarde. Vinha fazer-me a mesa de exterior, um capricho nosso. O certo é que ele (o P.) trabalha bem as madeiras e, apesar de ter um feitio soviético e de ser completamente imprevisível, tem-me um estranho respeito e lá vai cumprindo sem grandes deslizes.

Quem me conhece sabe que atraio loucos, provavelmente porque estes percebem em mim alguma apetência (e paciência) para aturá-los (que gozo me dá tantas vezes). E eu provoco.

No caso do P., reviro-me com o olhar fundo de garrafa nuns óculos-riscados-de-ir-ao-chão, canto da boca arregalado à “esquerda” e cabelo tão espetado quanto os seus já quase 50 anos permitem!
P. - Ya, Ya a sua sorte é que eu até gosto da sua personalidade ó C R I S T I N A, se não….
Bom, nem quero saber mais. Fiz-lhe uma partida: enquanto “assassinava as madeiras” coloquei o DVD dos Pink Floyd que a minha amiga Guapa me ofereceu e esperei para ver a reacção.

P. - Eh pá ó C R I S T I N A, ganda som!
C. – Gosta? Eu sabia… (riso malicioso)
P. – Curto, curto. Eh pá mas continuo sem perceber algumas músicas dos gajos pá… (com o dedo indicador a empurrar os óculos contra o nariz)
C. – Pois, imagino… são músicas complexas que não se devem ouvir em qualquer altura, né?! (e ao mesmo tempo pensava “é óbvio que não entendes peva!”)
P. – Mas n’é o inglês que não percebo! É a onda, o que querem dizer com aquilo… um gajo fica assim pró pensativo.
C. - (como é que me fui esquecer que ele tem uns 20 anos de Ferry Street????!!!) Então não vê grande parte das letras eram escritas sob efeito de drunfos?! É preciso ter a mente muito aberta para lá chegar.
P. – Ya! Isso sei eu ó C R I S T I N A! Tava era a ver se você sabia quais drunfos para eu tomar também!!! (riso histérico com roncos)
C. - … (toma lá para não te armares em provocadora, piu)

É óbvio que ele tem um ajudante (qual D. Quixote, com moinhos de clientes), e é óbvio que o ajudante nem pia. O P. pia por ele, chegou mesmo a atender-lhe o telemóvel quando a mulher dele ligou:

P. - Ele agora não pode atender e já te disse que não curto quando ligas enquanto o gajo está a trabalhar!

A. – (trémulo e pianíssimo) ó mor, já ligo quando acabar aqui o cliente…

E eu de bancada. Literalmente. Porque entre “Ya’s” e “So what’s” a minha mesa de exterior ficou à maneira!

Caranguejola

"Ah, que me metam entre cobertores,
E não me façam mais nada!
...Que a porta do meu quarto fique para sempre fechada,
Que não se abra mesmo para ti se tu lá fores!

Lã vermelha, leito fofo.
Tudo bem calafetado
...Nenhum livro, nenhum livro à cabeceira
...Façam apenas com que eu tenha sempre a meu lado
Bolos de ovos e uma garrafa de Madeira.

Não, não estou para mais; não quero mesmo brinquedos.
P'ra quê? Até se mos dessem não saberia brincar
...Que querem fazer de mim com estes enleios e medos?
Não fui feito p'ra festas.
Larguem-me! Deixem-me sossegar!
...Noite sempre p'lo meu quarto.
As cortinas corridas,
E eu aninhado a dormir, bem quentinho - que amor!
...Sim: ficar sempre na cama, nunca mexer, criar bolor
-P'lo menos era o sossego completo...

...Quanto a ti, meu amor, podes vir às quintas-feiras,
Se quiseres ser gentil, perguntar como eu estou.
Agora no meu quarto é que tu não entras, mesmo com as melhores maneiras.
Nada a fazer, minha rica. O menino dorme. Tudo o mais acabou."
Mário de Sá Carneiro

pra quem liga a isto dos signos... haverá melhor retrato!?!?!?

ML

quarta-feira, agosto 16, 2006

Qdo as novas tecnologias nos entendem...

É incrivel como a aleatoriedade do i-tunes tem esta capacidade... Músicas que nos apalpam o coração e o conseguem ler, nem que seja por breves palavras!
(sim, e com esta confirmo a teoria do blog ser demasiado intimista!! paciencia amigos...)


Ao Meu Encontro Na Estrada
by Jorge Palma

"Disseste que vinhas
E não chegaste
Mudaste de planos, ok
Mas isso deitou-me tão abaixo
Espero que tenhas pensado bem
Estou triste que só eu sei
Preciso de alguém
Chaminés pretas deslizam
Nas janelas de mais um comboio
Casas e pessoas
Feias árvores falidas
E um céu angustiado
Tal é o meu quadro
Estou bem chateado
E agora toca a arranjar o buraco
Que eu tenho no coração
Vou mudar de cenário
Que a coisa assim está mal parada
Vou procurar calor
Mudar de estação
Há-de vir alguém
Ao meu encontro na estrada
Pensei tanto em ti
Que não calculas
De manhã, à tarde e ao anoitecer
Andava louco de contente
Só com a ideia de te voltar a ver
Ahh, mas que grande idiota
Voltei a perder
Procuro no fumo e no vinho
A forma de chegar depressa à fronteira
Mas sei muito bem que a dor que sinto no peito
Não vai com a bebedeira
Pus-me a voar a cair
Da pior maneira
E agora toca a arranjar o buraco
Que eu tenho no coração
Vou mudar de cenário
Que a coisa assim está mal parada
Vou procurar calor
Mudar de estação
Há-de vir alguém
Ao meu encontro na estrada
Há-de vir alguém
Ao meu encontro na estrada"


(e mais não digo)

Podem fossilizar à vontade

mas antes disso, que nos continuem a dar CONCERTOS como este foi: FANTÁSTICO!!!!!

"And you can't always get what you want, honey.
You can't always get what you want.
You can't always get what you want.
But if you try sometimes, yeah,
You just might find you get what you need!"

quinta-feira, agosto 10, 2006

nós VOZ eles


O dia ainda não acabou e já sinto que foi diferente.

Há coisas que não se explicam… sabemos que quando batalhamos muito por uma coisa, a probabilidade de a virmos a ter é grande. Mas tantas vezes que investimos este mundo e o outro, acreditamos e o resultado deixa algo a desejar… mas in a glance of an eye estás perante a lifetime opportunity e, desta vez, pouco fizeste para tê-la – apenas existes!

Nós (eu e eu) queremos muito, gostávamos muito, achamos que é mesmo isto, estamos cheios de power… Voz, música da muito boa para o meu ouvido, firme e forte. Voz das novas, palavras outras, ideias mais. Eles, dizem que sim, dizem que não esperam de mim outra coisa.

Não queremos ter pena, queremos a galinha toda!

terça-feira, agosto 08, 2006

Lembranças

"Lembras-me uma marcha de Lisboa
Num desfile singular.
Quem disse
Que há hora e momento para se amar?
Lembras-me uma enchente de mare,
Com uma calma matinal.
Quem foi, quem disse
Que o mar dos olhos tb sabe a sal.
As memórias são como livros escondidos no pó,
As lembranças são os sorrisos que queremos rever devagar.
Queria viver tudo numa noite
Sem perder a procurar
O tempo ou espaco
Que é indiferente pra poder sonhar.
As memórias são como livros escondidos no pó,
As lembranças são os sorrisos que queremos rever devagar.
Quem foi que provocou vontades e atiçou as tempestades e
Amarrou o barco ao cais?
Quem foi que matou o desejo e arrancou um lábio ao beijo e amainou os vendavais?
As memórias são como livros escondidos no pó,
As lembranças são os sorrisos que queremos rever devagar."
Memória de um beijo, Trovante

(a por foto um dia que comece a digitaliza-las...)

sexta-feira, agosto 04, 2006

PARABÉNS!!!!!!



por seres uma pessoa
ÚNICA
CRIATIVA
INTERESSANTE
INTELIGENTE
DE BOM GOSTO
ATENCIOSA
BOA OUVINTE
DAS MELHORES AMIGAS DE SEMPRE
enfim
FANTÁSTICA E RARA!!!!!!!

BEIJOS AOS MILHARES

terça-feira, julho 25, 2006

Lisboa oficialmente MÁGICA por 6 dias

De 25 a 30 Jul 2006, quinze dos melhores mágicos do mundo vão percorrer as ruas da Baixa e do Chiado, desdobrando-se em 180 apresentações. A organização é da Câmara Municipal de Lisboa, com direcção artística do mágico português Luís de Matos.
E no final de Agosto, outra magia se tocará por esses mesmos locais, Happyjazz de 25 a 27 de Agosto

(não sei porquê mas cá me parece que pela cidadela de Cascais depois de amanhã a magia também se fará, mas ao som de Ive Mendes)

quinta-feira, julho 20, 2006

11:39h 13seg

terá alguém saltado também?!!?!?

quarta-feira, julho 19, 2006

TP 179 LIS-RIO










Violão. Graça. Muita graça. Bossa. Letra por retocar.
De carro em Copacabana. Real valor. Vale tudo. Se ficar o bicho pega. Fui.
Lá no Leblon tem réstia de paz, rico. Tem quase tudo. Gente bonita também.
A coluna não fala do bandido. Ele mata.
Paraíso de montanha, mato, céu azul lavado. Esmola no sinal.
Contraste. Eco extravagante. Bala perdida. Achado cultural.
Loucura aumentada. Não vale sair antes do jogo terminar!
Muito mais começou em mim. Mas ainda não “conheço” o que estou falando.
Lembrei muito d’O maestro ao piano:

“Imagine um país onde o psiquiatra é louco, o delegado é o chefe da quadrilha e o advogado ladrão, e os homens de bem são perseguidos?!” A.C. Jobim



quarta-feira, julho 12, 2006

Bem vinda ao País das Maravilhas!!!!

(enquanto não arranjamos a foto da verdadeira que aí vem fica a da sua homonima)
Parabéns Mamã!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, julho 11, 2006

FAKE


As pessoas tendem a aproximar-se dos seus semelhantes, atraem-se e preferem aqueles com quem mais se identificam. À medida que vamos amadurecendo isto é ainda mais verdade. Até acho que perdemos a genuinidade e “fazemo-nos” aos amigos, ao trabalho, à vida… Em oposição, enquanto jovenzinhos tudo acontece com naturalidade. Quantos de nós já pensámos “Eh pá, se te conhecesse hoje de certeza que não ia à bola contigo!”

Mas este assunto vem a propósito do “diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és.”. Ultimamente, tenho reparado que este ditado devia acompanhar o BI de alguns homens mas de muitas mais mulheres. Já nem falo da educação, influências culturais, vivências comuns. Falo mesmo é do mesmo corte de cabelo, adereços até mais não, calça de ganga com o mesmo corte, “aquelas” cores e… a palavra FAKE em muito do que dizem, são ou parecem.

Este embelezamento exterior e obsessão estética (muito a ver com a miopia e pó de arroz de um post mais antigo) nada têm a ver comigo. Muito menos as próprias das protagonistas.

Quando o FAKE ricocheteia a toda a hora dou por mim a pensar: “Mas é óbvio! Agora percebo quando os meus amigos homens, no auge da testosterona assanhada, me diziam Porra pá, é que não tens uma amiga que seja uma brasa, são todas muito normais”.

Ah pois é. Hoje essa “normalidade” traduz-se em brio profissional, empenho no desempenho do papel de mãe, virtude cultural, sentido de humor e LOTS OF BRAINS. Experimentem lá encontrar estas qualidades nas FAKE!!
NOTA: Acabaram de me confirmar que afinal a combinação BB (brasa + brain) existe. Como é que me poderia ter esquecido da SHARON STONE, com um QI acima da média e linda de morrer??

Conversas


Ouvem-se pelos cantos a toda a hora!!! Cruzadas, personalizadas, de circunstancia, pelas circunstancias, animadas, aborrecidas, calmas, empolgadas... Elas são mais que muitas e todas têm objectivos, nem que seja o simples quebrar de silêncio para muitos, muitas vezes insuportável.
Fala-se sobre tudo e sobre nada, sobre as entranhas e as futilidades, sobre a última vez que choramos de tanto rir e a outra que rimos para não chorar, sobre os sonhos que tivemos e os outros que realizámos, sobre o que nos preocupa e acima de tudo sobre o que nos reconforta:
conversas sobre tudo e sobretudo sobre nada...

sexta-feira, julho 07, 2006

ENTRECOSTO c/ CASTANHAS & FARINHEIRA








Tarde, mas (espero) em boa hora:

No forno
Coloca azeite num tabuleiro de ir ao forno. Numa metade põe-se o entrecosto e na outra castanhas (podes comprar embalagens de castanhas congeladas). Tempera com sal e, se tiveres, um bocadinho de alecrim ou erva doce.

Em cima das castanhas põe bocadinhos de bacon e a farinheira. Em cima do entrecosto põe a morcela. Leva a forno bem quente! E deixa até o entrecosto estar tostadinho!

Se gostares, podes pôr numa travessa uns pedaços de ananás e assas também no forno! É um óptimo desenjoante!

Arroz
Num tacho coloca azeite, meia cebola picada e 2 dentes de alho picados. Refoga e deixa queimar um bocado a cebola até ficar bem castanha!

Mistura o arroz e frita durante 30 segundos. Mistura uma folha de louro. Junta água e sal.

Enquanto o arroz faz, põe um bom bocado de manteiga numa frigideira antiaderente – lume baixinho depois de derreter a manteiga. Deita as passas e as amêndoas picadas. Deixa dourar as passas. Encosta as passas e as amêndoas num canto da frigideira e põe uma cebola às fatias fininhas a fritar nessa manteiga. Sempre me lume brando.

Quando a cebola estiver muito mole, mistura tudo e deixa ficar na frigideira. Quando o arroz estiver pronto, mistura o preparado e serve quentinho!!!
Nota da autora: "enquanto está por comer, chega para todos!"

quinta-feira, julho 06, 2006

E o mundo não se acabou



"Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso, minha gente lá de casa, começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite. lá no morro, não se fez batucada
Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabarE fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando de aproveitar
Beijei a boca de quem não devia
Peguei na mão de quem não conhecia
Dancei um samba em traje de maiout
E o tal do mundo não se acabou
Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso, minha gente lá de casa, começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite. lá no morro, não se fez batucada
Chamei um gajo com quem não me dava
E perdoei a sua ingratidãoE festejando o acontecimento
Gastei com ele mais de um quinhentão
Agora eu soube, que o gajo anda
Dizendo coisa que não se passou
E, vai ter barulho, e vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou
Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disso, minha gente lá de casa, começou a rezar
E até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disso nessa noite. lá no morro, não se fez batucada
Acreditei nessa conversa mole
Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando de aproveitar
Beijei a boca de quem não devia
Peguei na mão de quem não conhecia
Dancei um samba em traje de maiout
E o tal do mundo não se acabou

Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar"

Assis Valente by A. Calcanhotto


Siga para bingo
Foi bom enquanto durou
Foi melhor do que muitos esperariamos
E há tanta outra coisa com potencial de nos animar mais e fazer acreditar que a teoria dos "menos ais" se aplica em todas as vertentes da vida!!!!!!

quarta-feira, julho 05, 2006

Problem???


Só em tom de desabafo, até porque nestes últimos dias não me tem apetecido falar sobre outro assunto que não seja sobre mundial 2006, tenho uma revelação: vamos ganhar à França mas só resolvemos o jogo nas grandes penalidades…………….

Quem o diz é uma amiga, grande mestre do tarot. E disse mais, só ainda não revelo porque quero ver o resultado desta previsão… até porque vou ter de decidir se viro Inquisição e faço como faziam antigamente às bruxas!...

"Problem?? No, no problem! Problem is bird flu!" Já dizia o nosso sempre certo José Mourinho numa entrevista aos media ingleses.

terça-feira, julho 04, 2006

Carta


Sob esta noite de lua cheia "apanhada" num dos meus locais preferidos de Lisboa, deixo-vos uma "carta" escrita e cantada por alguém que grande parte do que faz, tem o dom de me dizer muito e muito. Queria comentar, pôr a bold as partes que mais me marcam, mas a letra é demasiado boa para deixar de pôr a bold qualquer parte que seja. Tentando resumi-la diria que é uma carta de força e coragem, uma carta de libertação, uma carta para ser enviada a todos os que gostamos e para ser recebida com um sorriso nos olhos de pessoas que nos querem muito. Acho que só essas a conseguirão enviar ou receber de ou a alguém de forma sentida... Deixando-me de mais palavras cá fica:

"Não vá levar tudo tão a sério
Sentindo que dá, deixa correr
Se souber confiar no seu critério
Nada a temer
Não vá levar tudo tão na boa
Brigue para obter o melhor
Se errar por amor Deus abençoa
Seja você

No que sua crença vacilou
A flor da dúvida se abriu
Vou ler a carta que o Biel mandou
Pra você, lá do Brasil:

"Eles me disseram tanta asneira, disseram só besteira
Feito todo mundo diz.
Eles me disseram que a coleira e um prato de ração
Era tudo o que um cão sempre quis
Eles me trouxeram a ratoeira com um queijo de primeira
Que me, que me pegou pelo nariz
Me deram uma gaiola como casa, amarraram minhas asas
E disseram para eu ser feliz

Mas como eu posso ser feliz num poleiro?
Como eu posso ser feliz sem pular ?
Mas como eu posso ser feliz num viveiro,
Se ninguém pode ser feliz sem voar?

Ah, segurei o meu pranto para transformar em canto
E para meu espanto minha voz desfez os nós
Que me apertavam tanto
E já sem a corda no pescoço, sem as grades na janela
E sem o peso das algemas na mão
Eu encontrei a chave dessa cela
Devorei o meu problema e engoli a solução
Ah, se todo o mundo pudesse saber
Como é fácil viver fora dessa prisão
E descobrisse que a tristeza tem fim
E a felicidade pode ser simples como um aperto de mão
Entendeu?

É esse o vírus que eu sugiro que você contraia
Na procura pela cura da loucura,
Quem tiver cabeça dura vai morrer na praia."


Djavan

sexta-feira, junho 30, 2006

MAIONESE






Um óptimo prato para "Dias Quentes" como o de amanhã...

1 Ovo
1 colher chá de Sal
1 colher sobremesa de Vinagre
1 colher sobremesa de Mostarda
1 copo de Azeite

Coloca os ingredientes pela ordem indicada num recipiente fundo. Bate com a "varinha mágica" sem pressas e, quando começar a formar uma massa homogénea, levanta normalmente para cima e para baixo com doçura...não queremos que esta "atalhe".

Legumes variados
2 latas de Atum
Azeitonas de Elvas
Tomate
1 Ovo cozido

Entretanto coze-se em água e sal a cenoura, batatas, feijão verde, ervilhas e 1 ovo com casca. Depois de cozinhado, coloca o ovo de parte e retire a casca. Escorre bem os legumes e põe metade da porção numa travessa. Coloca o atum aos bocados e o resto dos legumes por cima. Espalha a "maionese" por cima e enfeita com rodelas de ovo cozido, azeitonas de "Elvas" e fatias de tomate. Leva ao frigorifico. Deve ser servido bem fresco.

Nota da Autora: A minha avó dizia sempre que "a Maionese não deve ser feita naqueles dias em que nos sentimos mais sensíveis"...já testei várias vezes ...ela tinha razão!

terça-feira, junho 27, 2006

mto mais que sete palmos de mta qualidade


Após estes dois últimos episódios fica finalmente a tão merecida homenagem a uma das melhores séries de todos os tempos. Há uns anos que já tem passado por aí a horas ou deshoras mas para quem tem andado atento, nunca escapa de ser vista. É sem dúvida fenomenal e deixa-nos muitas vezes agarrados à cadeira. Não sei se alguém viu o episódio da semana passada, mas foi qualquer coisa de cortar a respiração. BRILHANTE! Nunca vi matar-se um protagonista de uma forma tão surpreendente e com tantos "requintes de malvadez" para todos os seus espectadores. Ficou no ar a dúvida como seria depois, e ontem devo confessar-vos que estava muito curiosa do que iria acontecer, achava até que podessem ter levado a série para um beco sem saída, mas não, pelo contrário o brilhantismo e a crueza das imagens e argumentos deixaram-me a chorar as pedras da calçada do início ao fim! A dureza de uma morte de um familiar em algo ficcionado, nunca me marcou tanto como esta BRUTAL despedida a Nate.
Fica o agradecimento ao canal 2 por contribuir para elevar em muito a qualidade (muito baixa é certo) da televisão em Portugal! Belas séries as que passam, belas entrevistas, belos talk-shows! Rendo-me e considero-me fã deste canal. Falando a propósito de séries neste canal, o que têm achado da arrojadamente inovadora e descomplexada "Letra L"?

Já agora, para quando as poucas coisas com interesse da SIC (CSI e donas de casa desesperadas) e TVI (dr house) a horas de jeito?!?!!?

segunda-feira, junho 26, 2006

Portugal MAIOR

Incrível mesmo! Grande exibição da nossa selecção!

Andava a evitar escrever sobre futebol no tuBo mas depois do jogo Portugal (1) - Holanda (0), não aguento! É que não era de esperar uma postura destas - positiva, vitoriosa e confiante - por parte dos nossos jogadores...


Até há bem pouco tempo nós eramos aqueles que sofriam até ao último minuto e perdiamos; eramos os que também perdiam devido ao péssimo desempenho do árbitro; eramos os últimos a sair do estádio, porque estavamos desolados com a derrota...


Hoje demos um passo gigante: afirmámos o nosso profissionalismo ao provar que temos condições de ultrapassar SEMPRE todas as adversidades com um grande sentido de missão, espírito de entreajuda e focalizados no sucesso. Que orgulho!

FORÇA PORTUGAL!

sexta-feira, junho 23, 2006

ESPARREGADO DE COUVE




Vem aí o fim-de-semana e, mais uma vez, aqui fica a receita da Tia Sam.



Couve cortada como caldo verde
Azeite q.b.
1 folha louro
3 dentes alhos
Farinha q.b.
Vinagre q.b.
Sal

Numa caçarola funda colocar azeite, 3 dentes de alho esmagados e 1 folha de louro.
Deixar o azeite aquecer bem e juntar a couve já cozida (em água e sal), bem escorrida. Atenção que costuma saltar o azeite quando se coloca a couve. A couve deve ser cozinhada em lume brando para não pegar e devemos ir mexendo sempre. Quando estiver macia juntar a farinha e o vinagre, envolver bem, sempre a mexer e a provar de sal. É óptimo para acompanhar qualquer prato e deve ser servido logo após concepção (para não secar).

Nota da Autora: Para a mesa e para a cama uma só vez se chama. (Provérbio Antigo)

Finding Happyland

Após alguns dias de ausência, vinha hoje a caminho e a pensar há quanto tempo não dava o meu contributo neste sítio tão especial. Lembrei-me de um poema para partilhar convosco que sempre que o leio o interpreto em jeito de "conselho" e cada vez me faz mais e mais sentido nesta minha procura pela neverland... wonderland, happyland. Cá fica, espero que gostem! (Abaixo a ESTUPIDEZ HUMANA)

“Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te.

A resposta
Está além dos deuses.
Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.

Os deuses são deuses
Porque não se pensam.”

Ricardo Reis

quarta-feira, junho 21, 2006

ESTÚPIDA… porque sim!


Quantos de nós são surpreendidos constantemente por pessoas que insistem em exercitar o único neurónio que têm e nos presenteiam com afirmações e gestos completamente ausentes de senso ou realidade?! Tenho amigos a quem a estupidez alheia é causa de convulsões, vómitos, neuras… não é o meu caso, vou lidando bem com isso.

Mas há uma outra forma declinada de estupidez, essa sim dá-me a volta ao sistema. É aquela “porque sim”. Estão a ver o doido do Malato quando leva com o raio na Herança? Assim sou eu quando tenho de gramar com aquelas que têm muitos neurónios, exercitados e em grande forma, mas alguns são mancos e por isso estão sempre a cair. Quando caem provocam o efeito “para/arranca” e são estúpidas porque sim!

Agora a sério, quando a vida nos dá inteligência, amigos e ambientes favoráveis a uma boa evolução enquanto ser humano não há razão para não tentarmos ser as melhores pessoas do mundo. Devemos pouparmo-nos a arrogâncias, abusos de poder, irritação permanente e má vontade porque com o tempo a tendência é que os neurónios mancos não se voltem a levantar quando caem e, principalmente, porque esta vida não nos dá a oportunidade de ser outra pessoa. Já se queixava o (my beloved) génio do cinema…

"My one regret in life is that I am not someone else."

sexta-feira, junho 16, 2006

MIGAS DE ESPARGOS








Para que o fim-de-semana tenha um gosto especial, aqui fica a receita da semana, da autoria da Chef Sam.


Azeite q.b.
1 Cebola
2 dentes alhos
1 folha louro
5 ovos
1 frasco ou molho Espargos (verde ou branco)
sal
1 limão
Miolo de pão q.b.
salsa

Numa caçarola, faz um refogadinho com azeite, cebola, alhos picados e 1 folha de louro. quando estiver dourado junta os espargos cortados aos bocadinhos, o sal e 5 ovos batidos.


De seguida e depois de bem apuradinho envolve o miolo de pão e espreme 1/2 limão e salsa picadinha. Cozinha em lume brando e mexe de vez em quando para não deixar pegar.

Quando "formar bola" estão prontas a servir. Deve ser servidas de imediato para não secar. Podem acompanhar com salada ou com fritos, sejam eles peixe ou carne. Podes ainda optar por fazer com feijão verde ou couve-flor cozidos previamente.

Nota da autora: qualquer prato deve ser feito com amor e dedicação...na cozinha devemos saber sentir os cheiros dos temperos como se sente o cheiro da pessoa que amamos!...

sexta-feira, junho 09, 2006

os livros que ficam

Ando há uns tempo a procurar 2 livros que me marcaram a infância tanto ou mais que os clássicos de TV "Verão Azul" e "Tom Sawyer". São eles:
"O meu pé de laranja lima"
"O menino do dedo verde"
Será que alguém me sabe dizer onde poderei eu encontrá-los?
E mais que isso, existirá alguém que partilhe estas memórias comigo?

quarta-feira, junho 07, 2006

Fenómeno, “sem dúvida”!


Já há algum tempo que ando para deitar as garras a este tema. Após bombardeamento “Está na SIC o Mundial”, decidi que não ia deixar escapar o post.

Alguém me explica o que é isto do “sem dúvida”?! Se não me engano, a expressão foi popularizada pelos concorrentes do Big Brother e, actualmente, é verbalizada de forma excessiva pelas massas, figuras públicas, desportistas… enfim, todos menos os que NÃO pensam no que vão dizer (porque estão seguros).

É que já nem oiço as clássicas declinações “sem sombra de dúvida”, “sem dúvida nenhuma”, “sem qualquer dúvida”. Não, é taxativa e peremptoriamente “sem dúvida”. E as expressões faciais e gestos associados à dita são muito bons: sobrolho franzido alternado com sobrancelha levantada, encolher de ombros, sorriso “pera aí que não posso rir tudo” com canto da boca suspenso à orelha do mesmo lado… tudo sinais de quem pensou muito bem no que vai dizer e que nos quer convencer que é mesmo aquilo.

Por exemplo, reparem bem quantas vezes o Simãozinho diz “sem dúvida”. Começa, acaba e alterna ideias e pensamentos com a dita frase. É impressionante. É que já nem oiço o que ele vai dizer, fico tipo puto na escola a contar quantas vezes o professor diz “eh pás” e “portantos”. Lá em casa a piada está instalada. Até já dizemos em uníssono SEM DÚVIDA!, tentando sempre dizer a frase ao mesmo tempo que o Simão! Que nervossssss!! Só ainda não reparei se as concorrentes a Miss já acrescentam à Paz no Mundo, Voluntariado e Criancinhas Desprotegidas a veemência de um “sem dúvida”!

Entrevistas na rua. Oiçam bem. Vejam bem. A expressão é sinal de entendimento na matéria e eu diria até que tem sentimento aspiracional. Melhor, acho que até subestimam as perguntas dos jornalistas porque para um “sem dúvida” como resposta sem dúvida que a pergunta é retórica!

Lisbon revisited

"Nada me prende a nada.
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.
...
Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...

Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...

Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim
-Um bocado de ti e de mim!...

Álvaro de Campos (1926)

segunda-feira, junho 05, 2006

As metas a que nos propomos!

Felicitações à minha blogmate pela coragem de retomar um esforço tão penoso!
Não sei se é só comigo, mas não estará o mundo dos fumadores a querer todo ele juntar-se a nós, os 75% de portugueses que não fumam? Sim, custa a crer mas segundo um estudo publicada há pouco tempo num dos jornais diários gratuitos, nós os não fumadores somos 3/4 da população portuguesa!!! Será que estão a contabilizar nessa maioria de não fumadores as criancinhas, os que fumam às escondidas, e mais ainda, os fumadores que mesmo dependendo da nicotina como da água para viver se consideram já não fumadores ao final de meia dúzia de dias sem fumar!!?!? Só assim é que eu compreendo e aceito esse valor, porque o cheiro a tabaco que ainda se sente na roupa após um dia de trabalho ou uma saída ao fim de semana levam-me a duvidar que apenas 1/4 das pessoas conseguem fazer esses "estragos" que incomodam toda a gente, até elas próprias.
De qualquer das formas, é de louvar quem luta contra esse vício terrivel que só traz desvantagens a quem o tem e a quem os rodeia! Sacrificar-se por uma boa causa (ou várias) vale sempre a pena... Eu que o diga.. Esta guerra aberta ao kg também não tem sido fácil mas estou a conseguir!!!!! (já agora os parabéns também a quem consegue levar uma dieta até ao fim!!! (já estou a soar a uma das melhores campanhas publicitárias dos últimos tempos de uma bebida com fórmula secreta e com a magia de ter apenas uma caloriapor lata, não!??!?!! ehehehe)
De uma cada vez mais fundamentalista anti-tabaco cá ficam os meus mais honestos PARABÉNS! Muitos parabéns a todos os que cortaram radicalmente, a todos os que vão fumando cada vez menos, a todos os que colam pensos de nicotina todos os dias, a todos os que mascam pastilhas com sabores duvidosos! Que sejemos cada vez mais e melhores!!!
E já agora blogmate, que voltes a ser o exemplo de sucesso que eu refiro sempre a quem está a pensar deixar de fumar :-)

domingo, junho 04, 2006

Ser Português... Azul

Não estranhem a presença do Quitómetro Online... estou a tentar deixar de fumar pela 2ª vez.

É um vício do caraças. Parei durante 3 anos, mas voltei. E antes que chegue novamente aos 40 cigarros/dia, decidi parar. Tou que nem posso, cheia de nervos. Vamos ver se a coisa pega.

Esta ideia do quitómetro foi ideia da A Ovelha Branca. Podem crer que me motiva olhar para a contagem dos euros poupados e cigarros não fumados!

ct

quinta-feira, junho 01, 2006

“visitas” inesperadas

(não, não é uma provocação à minha blogmate!)

Dostoievski dizia “A minha mente não ser surpreendida por nada é muito mais estúpido do que ser surpreendido por tudo”.

Penso que muitos de nós já reflectimos várias vezes sobre o efeito surpresa. Se gostamos, se vivemos bem com isso ou se, por outro lado, ficamos angustiados só de pensar que podemos ser surpreendidos.

Tecnicamente “A surpresa pode ser um sentimento de reacção relativo a um acontecimento inesperado. Pode se manifestar a partir de impulsos nervosos com manifestações químicas (com a liberação de adrenalina) e físicas, aumentando o ritmo cardíaco e impulsionando a pessoa ter fazer alguma reacção corporal.”

É interessante a auto-análise. Se somos controladores, imagino que ser surpreendido seja sinal de fraqueza. Alguma coisa nos escapou! Como é que não previmos que tal iria acontecer?! Se, por outro lado, lidamos bem com o efeito surpresa que quase ou nada “mexe” connosco, às vezes podemos ter a sensação de passar “ao lado” de bons momentos na vida.

Depois há os que passam a vida a surpreender os outros. Porque assumem a interdependência (vide bibliografia Dalai Lama) como fonte de felicidade ou, por outro lado, porque se tornam mais fortes quando expõem outros às suas fraquezas.

Para mim, elas (as surpresas) são presentes porque funcionam como dádivas do tempo actual. Surpreender-me é começar a entender. É perceber que existe um longo e inesperado caminho a percorrer em direcção à sabedoria. É o tal só sei que nada sei que nos torna mais inteligentes. E acho que deve ser um desporto de luxo da comunidade intelectual!

Parabéns, foi o nosso 1000º visitante!!! E o prémio é...

espero que andem a gostar!
Obrigada pelas visitas! Esperemos continuar até podermos abrir uma pastelaria!!!!!!

terça-feira, maio 30, 2006

O sossego dessassossegado

tanta coisa para fazer
tantos momentos para viver
tantas pessoas para conhecer
tantos livros para devorar,
tantas ondas para mergulhar
tantos sítios para descobrir
tantos filmes para encarnar
tantas luas para declamar
tantos amigos para reconhecer
tantas músicas para descontrolar
tantas novidades para aprender
tantas mãos para sentir
tantas nuvens para apalpar
tantos gostos para provar
tantos cheiros para memorizar
tantas vontades para saciar
tantos olhares para cruzar
tantos beijos para saborear
tantas roupas para rasgar
tantos folegos para arrebatar
tantos mares para cheirar
tantas palavras para gritar
tantas sensações para experimentar
tantos kilometros para deslizar
tantas estrelas para ofuscar
tantas lembranças para sorrir
tantos corações para descontrolar!!!!!
...
e tudo porque as coisas, os momentos, as pessoas, os livros, as ondas, os sítios, os filmes, as luas, os amigos, as músicas, as novidades, as mãos, as nuvens, os gostos, os cheiros, as vontades, os olhares, os beijos, as roupas, os folegos, os mares, as palavras, as sensações, os kilometros, as estrelas, as lembranças, os corações existem
...
tanta vida por sossegar
tantos vivas por dar ao dessassossego da vida
...
e tudo porque tu existes
e tudo porque eu existo

sexta-feira, maio 26, 2006

Velhas Práticas de Mkt - Teoria "INHO"


Já toda a gente reparou que faz parte da gíria da Restauração acabar sempre as palavras (sobretudo as que tenham a ver com comida…) em “inho”.

Ora, isto não se deve ao facto de os géneros alimentícios serem pequenos ou em pouca quantidade (normalmente, antes pelo contrário….). Este uso e abuso dos diminutivos tem a intenção de exprimir qualidade: acaba em “inho” o que é bom! A carne, só pelo facto de ser “carninha”, tem logo aspecto de ser tenra. O “peixinho” dá logo ar de ser fresco. A “cervejinha” vai necessariamente ser bem tirada. O “arrozinho” é solto, e as “batatinhas” são douradas! Ao ouvir a palavra “pãozinho”, qual reflexo de Pavlov, o cheiro a pão caseiro, quente e estaladiço, imediatamente abalroa as nossas pituitárias! Apetece comer, tudo parece ir cair bem!!!! A própria “continha” (quer que a traga?) promete ser suave e moderada….

O que é isto? É marketing, meus amigos!!!! É verdade! Anda pr’aí malta em faculdades, a estudar teorias complicadíssimas, para chegar onde chegaram os empregados de mesa há anos, com o seu saber de eficiência sobejamente comprovada!!! Já pensaram nisto?! A aplicação do “inho” em outdoors, em folhetos, em anúncios…. Gente do marketing, toca a acordar!!!!

E aqui vai um exemplo do que pode passar-se num restaurante onde uma família comum (2 adultos e 2 crianças) decide ir matar a fome:

Pai ou Mãe - Então, hoje o que é que tem?
“Garçon” (para lhe dar um ar chique de restaurante francês) - O prato do dia é carapauzinhos com arrozinho, que está uma especialidade! Mas se preferirem, tenho ali um peixinho fresquinho, acabadinho de chegar, que só grelhadinho, com umas batatinhas, fica de se lhe tirar o chapéu!
Pai ou Mãe - Então pode ser o peixe grelhado. E para as crianças, bife com batatas fritas, por favor.
“Garçon” - Então pr’ós meninos é só o bifinho com as batatinhas fritas?
Pai ou Mãe - É, sim.
“Garçon” - E para beber?
Pai ou Mãe - São duas cervejas e água para as crianças.
“Garçon” - (em voz baixa enquanto escreve) Duas cervejinhas e uma aguinha….É tudo?
Pai ou Mãe - É, sim.
“Garçon” - Muito bem, então trago já o pãozinho com as azeitonazinhas.
por ISABEL MONTES PALMA

quarta-feira, maio 24, 2006

AS COISAS BOAS DA VIDA

Um dia recebi um mail com uma listagem das coisas boas da vida! vá-se lá saber porquê resolvi guarda-lo, e em dias menos bons dou por mim a lê-lo e a sorrir. Cá vai, uma listagem de 50 coisas boas da vida:

1. Apaixonar-se.
2. Rir tanto até que as faces doam.
3. Um chuveiro quente.
4. Um supermercado sem filas.
5. Um olhar especial.
6. Receber correio.
7. Conduzir numa estrada linda.
8. Ouvir a nossa música preferida no rádio.
9. Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora.
10. Toalhas quentes acabadas de serem brunidas.
11. Encontrar a camisola que se quer em saldo a metade do preço.
12. Batido de chocolate (ou baunilha) (ou morango).
13. Uma chamada de longa distância.
14. Um banho de espuma.
15. Rir baixinho.
16. Uma boa conversa.
17. A praia.
18. Encontrar uma nota de 20 euros no casaco pendurado desde o último Inverno.
19. Rir-se de si mesmo.
20. Chamadas à meia noite que duram horas
21. Correr entre os jactos de água de um aspersor.
22. Rir por nenhuma razão especial.
23. Alguém que te diz que és o máximo.
24. Rir de uma anedota que vem à memória.
25. Amigos.
26. Ouvir acidentalmente alguém dizer bem de nós.
27. Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.
28. O primeiro beijo (ou mesmo o primeiro ou o primeiro com novo parceiro).
29. Fazer novos amigos ou passar o tempo com os velhos.
30. Brincar com um cachorrinho.
31. Haver alguém a mexer-te no cabelo.
32. Belos sonhos.
33. Chocolate quente.
34. Fazer-se à estrada com amigos.
35. Balancear-se num balancé.
36. Embrulhar presentes sob a árvore de Natal comendo chocolates e bebendo a bebida favorita. 37. Letras de canções na capa do CD para podermos cantá-las sem nos sentirmos estúpidos.
38. Ir a um bom concerto.
39. Trocar um olhar com um belo desconhecido.
40. Ganhar um jogo renhido.
41. Fazer bolachas de chocolate.
42. Receber de amigos biscoitos feitos em casa.
43. Passar tempo com amigos íntimos.
44. Ver o sorriso e ouvir as gargalhadas dos amigos.
45. Andar de mão dada com quem gostamos.
46. Encontrar por acaso um velho amigo e ver que algumas coisas (boas ou más) nunca mudam.
47. Patinar sem cair.
48. Observar o contentamento de alguém que está a abrir um presente que lhe ofereceste.
49. Ver o nascer do sol.
50. Levantar-se da cama todas as manhãs e agradecer outro belo dia.

Eu acrescentaria ainda muitas outras coisas... ficam aqui algumas

51. Um serão com uma boa companhia à lareira
52. Apanhar sol deitada na relva
53. Um passeio à beira mar numa noite de lua cheia
54. Os sorrisos que as lembranças nos trazem
55. Um momento que uma foto pode eternizar
56. Receber os amigos em casa e cozinhar para eles
57. Ler um bom livro com o sol a bater-nos na cara
58. Andar, andar, andar até nos cansarmos
59. Ver uma chuva de estrelas cadentes
60. Boiar no mar e deixar-nos ir à deriva
.....
Espero por outras vossas!
Chegaremos às 100!?!?!?

terça-feira, maio 23, 2006

Palmiers Recheados e outras manias

Todos nós temos rotinas. Vícios. Excitações caracterizadas por ideias fixas.
Não há cultura que faça a diferença. Mas, no melting pot do meu habitat diário – aculturado por alemães, holandeses, brasileiros, ucranianos, peruanos, polacos, belgas, ingleses, sul-africanos e afins com quem trabalhamos – distingue-nos o palmier recheado. É que eu e a minha malta somos adeptos do dito. Os cafés circundantes até já têm stock suficiente para “alimentar” o capricho. O que eles não sabem é que eu já sofria da rotina do palmier, Sábados ao pequeno-almoço! Este convívio só me agravou a mania.

Mas tenho várias outras manias (algumas nem devo ter reparado que tenho). Adoro ver fotografias e sinto que por vezes sou bastante chata, pressiono até estar saciada de fotos. Outra, odeio deixar as coisas para depois. Se decido que tenho de fazer qualquer coisa, fico obsessiva até conseguir acabá-la. E-mails: é a loucura! Tenho uma ordem sequencial de ver as minhas várias caixas de e-mail. E repito isto várias vezes por dia. Baton hidratante. Esta foi uma mania que me pegaram. Ponho e depois esfrego com a ponta do dedo indicador até ficar devidamente espalhado. Também sou viciada em inventar palavras novas: do meu dicionário fazem parte berris, cunhambanos, jabiraca, barrigus, baluks, sili, maluquete, merricanos farrabados, etc… e muitas palavras acabadas em “is”.

Das voltas que dei a ler outros blogs percebi que existe quase sempre um post sobre manias. Por isso, já chega das minhas. Quero saber as vossas. Chutem!

segunda-feira, maio 22, 2006

"Vê lá se não te entalo"

é bom termos amigas assim!!!!!!!
com as quais sabemos que podemos contar sempre
que nos entendem como pouca gente
que se preocupam connosco
que nos fazem rir, muito
e nas quais podemos confiar de forma a saber que mesmo que "entaladas" nunca seria de forma a nos deixar mal

OBRIGADA AMIGA

a foto diz tudo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!(ou mais que isso)

sexta-feira, maio 19, 2006

Miopia e Pó d'Arroz


Ontem estive num conhecido e moderno bar de LX, bem ao fim da tarde, numa prova de vinhos. Festa de Lançamento de mais um vinho cor-de-rosa. Bem bom. Bom bar, boa companhia, bom som.

Como todo e qualquer evento que se preze, a operação garantiu que lá estavam os intervenientes necessários a uma cobertura bem sucedida do evento. É interessante. Tive crises de miopia o tempo todo, mesmo sendo a festa de um vinho cor-de-rosa pareceu-me que lá estavam muitos mais cor-de-rosa do que dos outros. Mas é mesmo assim, todos são “especializados” em tudo, nem sei como é que ainda existe essa distinção. Também não percebi quem afinal eram os ditos VIP’s, os que conhecemos, os promotores do evento ou os que falam deles…

Não sendo adepta deste tipo de eventos, nem pertencendo à classe dos “bico de pés”, é com frequência que acabo no meio destes filmes. Quem me conhece sabe que é só rir! Delicio-me com flashes de ridículo nestes encontros.

Ensinaram-me que são vitais para o sucesso das operações. Falo dos “bico de pés” e dos “especializados”. Assim como também me ensinaram que para que cumpram o dever é preciso que sejam muito bem “alimentados”. Ambos. E depois é muito interessante porque se conhecem muito bem, ó não estivessem sempre presentes nas mesmas ocasiões. Especializadas essas também.

A “maquilhagem” era tanta, tanta que às tantas percebi que não há diferenças entre eles. À medida que iam chegando, vidravam uns nos outros, melavam mesmo. Eles eram as estrelas, o colorido chic e choc. Queriam lá saber se o protagonismo era d’outros. Afinal, já não se viam desde há 2 dias, na festa “da outra”.

Tou mortinha por ver o resultado nas bancas. Aposto que o pó d’arroz dos “especializados” disfarçou bem todos os “oops, o que é que eu estou mesmo a beber?!”.

quinta-feira, maio 18, 2006

Dente de Leão

... é um momento tão único e desejado que quase sufoca de tanto preenchimento. Nada de mau existe e até a chuva que se adivinha ajuda a aumentar essa felicidade...
A flor desfaz-se com o vento, os nossos olhos cruzam-se e choram de saber que o exagero do momento, acabou com ele pelo simples facto de nunca mais se poder voltar a repetir.

Resta o caule...

Quanto à bolinha branca e perfeita, essa voou! Voou para semear por onde passar outros momentos e outras pessoas que ficarão marcadas para sempre....

quarta-feira, maio 17, 2006

Espírito PANTONE


Hoje comecei o dia com aqueles dramas das roupas e achei que podia ser um tema interessante de partilhar.

A filosofia chinesa do Feng Shui acredita que as cores devem ser escolhidas intuitivamente e que a sua aplicação faz com que nos sintamos mais relaxados, estimulados, deprimidos ou alegres. Existem uma série de estudos que comprovam a importância das cores no nosso estado de espírito. E cada vez mais são os especialistas que defendem que as cores emitem vibrações influenciando o nosso físico, espírito e plano emocional.

No meu caso, para além da necessidade básica de me “tapar”, visto-me para mim. Revejo-me nas cores e formas e crio um imaginário à volta do que visto, tentando variar o mais possível. Já me disseram várias vezes que não repito toilettes, que sou capaz de ter vários estilos e que sou inventiva. E realmente, pensando bem, sou mesmo assim. Não tenho um grande e bom guarda-roupa, mas “trabalho” para a minha individualidade e unicidade. E nada disto significa que o meu estado de espírito varia assim tanto…

Hoje de manhã, por exemplo, fiquei em brasa porque não encontrava nada que me apetecesse vestir. Depois lá me decidi. E quando comecei a pensar no dilema, tentei interpretá-lo e questionei se haveria no meu estado de espírito algum tipo de apatia, desinteresse, insegurança ou dúvida. Acho que não! Havia era pouca roupa nova para vestir! Logo depreendi: desejo de renovação! Só pode ser isto!

Mas isto sou eu. Há quem se vista para as imposições de regras laborais ou por necessidade de afirmação de classe social. Numa perspectiva de Feng Shui, as primeiras devem ter dias terrivelmente infelizes e as segundas devem viver (aparentemente) radiantes. Numa perspectiva de Marketing (aplicado à comunicação de marcas de têxteis e acessórios), as primeiras são preteridas pelas segundas, que são muito apetecíveis devido à vulnerabilidade que as caracteriza. Talvez a única coisa que tenham em comum seja o sentimento de pertença, não a elas próprias, mas às formas e cores que representam: as primeiras vestem “a camisola da empresa”, as segundas vestem os valores das marcas que idolatram.

E os homens? Será que têm estes dramas da escolha da roupa, das cores? Um estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos concluiu que um grande número de mulheres vê mais cor do que os homens, devido a uma transformação no gene envolvido na percepção da cor vermelha nas células da retina. Isto significa que a capacidade de experimentarem estados de espírito também é inferior à das mulheres?

Depois, há os metrosexuais! Sofisticados, capazes de vestir roupa diferente do tradicional corte masculino, de conjugar cores, de ter uma casa bem decorada, cuidam corpo, da saúde e alimentação, tratam das mãos e do cabelo. São até capazes de acompanhar uma mulher às compras e dar belíssimas opiniões. O “cheiro a cavalo” está obsoleto! E como estão sempre bem apresentados, devem ser pessoas felizes e com “alto astral”.

Digo eu… gostava de saber a vossa opinião.
E já agora saibam qual a vossa cor em www.colorstrology.com

terça-feira, maio 16, 2006

As viagens das nossas vidas


as que fazemos diariamente em sonhos
as que nos fazem perceber que existem muitos mundos muito diferentes do nosso
as que nos fazem acreditar noutras vidas, tal é a sensação de já lá termos estado antes
as que nos ensinam mais que alguns professores que tivemos
as que nos provocam saudades antes ainda de embarcar
as que começam meses antes de partir e que ficam por anos
as que sempre anseámos fazer
as que nos inspiram os dias de trabalho
as que mudam as nossas vidas

a ressaca que fica quando ficamos!!!!!

segunda-feira, maio 15, 2006

18Km LÁ MUITO EM CIMA


Sábado, 13 de Maio… a “malta” não foi a Fátima! Fomos antes a Cynthia (cá entre nós, “Serra de Sintra”!).

Às 08h30 estávamos prontas a percorrer aquele que é um dos mais completos e enigmáticos caminhos antigos de Portugal.

Saímos da Quinta da Marinha, rumo ao céu, com uma pequena passagem pelos MVNDVS INTERNUVS (infernos), nos quais as virgens negras e os rituais da fertilidade assumem especial importância. Próxima paragem? O espaço iniciático de Porto Covo, onde visitamos as capelas encobertas do V Império (Espírito-Santo) e a Capela Branca de Nossa Senhora da Conceição de Porto Covo (Fertilidade Uterina).

Sempre com o cume da Serra e a face lunar feminina sintrense no horizonte, a patriarcal cascalense como pano de fundo, foi no Tholos do Monge que parámos esfomeadas para “festa da alimentação”. Aqui, local onde monges vestidos de negro, simbolizando a iniciação nos sub-mundos, se entregavam em prol do destino da humanidade… sabe-se lá como!

Acabámos a conhecer as penhas sacralizadas pelo virtuosismo monástico, conhecemos a outra face de uma Nossa Senhora da Peninha situada próximo do céu, mas com uma tez negra. Fiquei com a ideia que era a guardiã de um muito antigo (e fictício?) cemitério de crianças.

A experiência recomenda-se.

Texto adaptado de “Da Terra ao Céu, com passagem pelo Inferno”, de João Aníbal Henriques

quinta-feira, maio 11, 2006

LISBOETAS


Assim aparentemente e pelo título, os mais distraídos ou menos bem informados achariam que seria mais um filme português, algures entre o Crime do Padre Amaro e a Zona J, a retratar a Nova Lisboa com gentes (de origem muito próxima à sua antiga colonizada homónima) e vivências cada vez mais aproximadas daquelas a que nos vamos habituando de ver nos filmes americanos dos subúrbios das grandes cidades.
Para outros mais regionalistas, este seria um filme a não ver sobre "os mouros", esses gajos com a mania que o mundo é só deles e tudo o que se passa de importante tem de ser sempre à volta dos seus umbigos (título muito mal escolhido se tiver como objectivo ser visto em terras do norte).
Mas o filme não é nada disso. É um documentário. É uma história de vidas reais, inacreditavelmente, mas reais. Consegue mostrar que esta nossa tão famosa hospitalidade lusa não será tanto assim... hospitalidade talvez, mas apenas em situações temporárias.
Este filme trata sim de novos "lisboetas" mas mesmo com mtas e mtas """"""""""". Estes são os "Lisboetas" provenientes de outras latitudes e que procuram em Lisboa, não a sua tão turística luz a bater nas sete colinas com fado como pano de fundo e pasteis de Belém à acompanhar as bicas, mas sim a Lisboa dos Euros que tanto lhes fazem falta nos seus países de origem.
E todos eles procuram esses Euros a todo o custo, tendo de ultrapassar muitos e variados obstáculos, que vão desde a burocracia tão tipicamente nossa agravada em muitos dos casos pela complexidade da língua que não se percebe melhor (contrariamente ao que se pensa) falando-a mais alto, passando pela "qualidade" e acessibilidade dos nossos sistemas de saúde e educação, e finalizando com a "exploração" conseguida quando o procurado são trabalhos em que de facto nenhum dos outros Lisboetas, os de origem (se é que estes existem), sequer ousam em pensar fazer um dia, nem que seja por "brincadeira".
Resta-lhes aproveitar bem todos os preciosos euros conseguidos após esta maratona e meia de obstáculos, e gozar aquilo que temos de melhor: o nosso sol, o nosso rio, a nossa praia e a eterna esperança que muitos (espero eu) vamos tendo, de que um dia será tudo diferente!
O sucesso deste filme e todas as lágrimas e nós no estômago que ele provoca não serão sinónimo dessa esperança?!?!?!?!
Ou serei eu (e os miúdos que brincavam nos jogos d'água do martim moniz) demasiado optimista?!?!!?
Para quem ainda não viu, o conselho de não o perder. (por cá está apenas no Nimas).