segunda-feira, outubro 30, 2006

Cidade a ponto luz bordada...


haverá melhor definição desta terra?!?!
!!!ribatejana declara-se cada vez mais apaixonada por Lisboa!!!
ML

quinta-feira, outubro 26, 2006

é virar o amor para dentro

"Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.

Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes
E eu acreditava.

Acreditava.
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.

Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor
já se não passa absolutamente nada.

E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus."
ADEUS by Eugénio de Andrade

ML

quarta-feira, outubro 18, 2006

Lar Doce Lar

Sexta-Feira, 06 de Outubro de 2006

Festival Y#4 arranca hoje, na Covilhã “Presença, apegos e nostalgia” são os sentimentos que se pretendem mostrar através dos objectos. A peça tem 40 minutos de duração e está classificada para maiores de 16 anos.


“Lar doce Lar” é um teatro de objectos que, hoje, sobe ao palco do Teatro das Beiras, na Covilhã. O espectáculo tem cerca de 40 minutos de duração e “é uma caixinha de música com todas as recordações tremulando cada vez que lhe damos corda”, descreve uma das autoras e também actriz, Jeannine Trévidic. Integrada no Festival Y#4 – que começa hoje e termina a 31 deste mês, organizado pela companhia Quarta Parede –, o espectáculo volta à sala covilhanense, no dia 8 e depois a 12, sempre às 21h30.

Segundo a sinopse escrita pela autora, “fomos à procura do que os objectos contam da nossa presença, do nosso apego, da nossa nostalgia. No fundo, são a prova dessa mesma verdade”, escreve. A performance está classificada para maiores de 16 anos.

“Lar doce Lar” foi criada por Jeannine Trévidic e Sílvia Ferreira, sendo também as duas responsáveis pela interpretação do espectáculo. Bruno Cintra trata da direcção cénica e luzes, Delfsky da banda sonora, Rosa Fazendeiro é a responsável pelo guarda-roupa, enquanto Rui Cena e Celina Gonçalves encarregam-se da produção.

segunda-feira, outubro 16, 2006

sexta feira 13 (out 2006)

quem disse que era dia de azar!?!?
talvez um dos melhores dias da minha vida
a concretização de um sonho
o inicio de uma nova vida
bloco d2 6ºA!!!!!!!!!!!!!!!
ML

sexta-feira, outubro 13, 2006

Ocorrência!

Quis a sorte – ou, por outra, o enorme azar de um abcesso num dente – que eu fosse confrontada, mais uma vez, com um médico recém licenciado, desta vez com uma Senhora Doutora Odontologista, cuja a aparência era a de não ter mais do que 26/27 aninhos…

Entrei no consultório e, depois de olhar para a minha ficha (previamente preenchida pela assistente), pergunta-me ela assim: - Então a Isabel, de que é que se queixa? Fiquei um momento na dúvida entre ficar aborrecida com as “confianças” ou ficar lisonjeada por ela me considerar da idade dela, ou seja, 10 anitos mais nova… Preferi optar pela segunda hipótese e contei-lhe o que se passava: uma fortíssima dor de dentes, que não me tinha deixado dormir. Mandou-me sentar e, assim que me apanhou de boca aberta, toca de martelar em todos os dentes para saber se me doía. Como teve pouca sorte e começou pelo lado errado, eu tive de a interromper a meio e dizer-lhe que a dor era no lado oposto. Olhou então na direcção certa e, depois de fazer um exame rigoroso, proferiu o diagnóstico, preciso, rigoroso e inabalável: “Trata-se aqui de uma ocorrência dentária.” Ah, pois é!!!! Quando se utiliza terminologia específica e a gíria adequada, tudo fica muito mais claro!

Depois de detectado e correctamente identificado o problema, avisou-me de que iria fazer um Raio-X para tentar perceber a origem da referida ocorrência dentária. E assim foi! Fez-se o Raio-X e, mais uma vez, o diagnóstico não tardou, objectivo e conciso: “Os dentes não têm nada. O que a Isabel tem é um episódio gengival.” Estava eu ainda de boca aberta (desta vez, de espanto!), esmagada pela infalibilidade do veredicto, e já ela sacava dos autocolantes cor-de-rosa e do bloco das receitas, onde começou então a medicar: “Vai fazer o Clavamox durante 8 dias, Brufen de 8 em 8 horas, Ben-u-Ron também de 8 em 8 horas, e o Clonix 2 vezes por dia, em SOS. Do Clonix é que não convém realmente passar das 2 vezes/dia, porque é muito forte.” Desmoralizei… Senti-me a pia de despejo dos remédios fora-de-prazo do hospital de Sta. Maria… Para fim de consulta, e porque já estava perfeitamente esclarecida quanto ao mal que me atormentava a boca, perguntei apenas qual era a causa da inflamação na gengiva, ao que a Sra. Doutora respondeu que o próximo passo, caso o abcesso não passasse com a avalanche de remédios que ela me prescreveu, seria a “desvitalização do dente, e até eventualmente a extracção”. Porque é que se vai arrancar um dente são? Isso já não perguntei, não fosse ela responder-me que “uma ocorrência dentária dá geralmente lugar à extracção de dentes sãos, haja ou não um episódio gengival associado”….

E pronto! Depois de pagar a bonita quantia de 37€, que me custaram mais a dar do que me teria custado a efectiva “extracção” do dente, lá me retirei do consultório e fui para casa.

Ficam então aqui os ensinamentos que retirei desta sessão de consultório:

1. Primeiro há a “ocorrência”, ou seja, a classificação do problema. Assim, se for uma dor num dente, a ocorrência é dentária; se for uma dor de barriga, é uma ocorrência gastro-intestinal; e se for falta de tusa, será uma ocorrência urológica.
Parece-me que, até aqui, não há dúvidas…

2. Dentro da ocorrência há então o “episódio”, ou seja, a origem ou causa do mal. Retomando os exemplos anteriores, a ocorrência dentária era devida a um episódio gengival, como a ocorrência gastro-intestinal poderá ser originada por um episódio gástrico, hepático, ou até anal/rectal; e como a ocorrência urológica poderá ser causa por um episódio testicular ou, talvez até, “penal” (de “pene”….)

Parece fácil, não? Então, e as sub-divisões?! Imaginemos que a dor de barriga se deve a gases no intestino. Não há dúvida que se trata de uma ocorrência gastro-intestinal, e que se trata de um incómodo causado por um episódio intestinal. Mas, e a parte dos gases, como é que se define? Eu chamar-lhe-ia um “apontamento”, neste caso “gasoso”. Ficava assim:

“O que o senhor apresenta é uma ocorrência gastro-intestinal, provocada por um episódio também ele intestinal, o qual é causado por um apontamento gasoso.” Eu, pessoalmente, acho que fica bonito, mas enfim, aceitam-se outras sugestões….

Não hão-de os médicos andar 6 anos na faculdade…!!!!
Isabel Palma

terça-feira, outubro 03, 2006

Há lá nada melhor!



Não posso deixar de vos contar a última… se pensam possuir tudo de última geração, tenho a certeza que não têm uma destas!!! Apresento-vos uma SANITA COM SISTEMA DE LAVAGEM E SECAGEM INTEGRADO.

Podem crer. Surreal. Eu ia morrendo, as minhas gargalhas quase me sufocaram! Afinal, não todos os dias que uma simples ida ao WC no trabalho acaba com um jacto de água projectado nas zonas sensíveis seguido de secagem… quis repetir, mas o mulherio já fazia fila para experimentar e achei por bem não privá-las mais desta experiência!

Giro, giro é que não havia nenhum elemento do outro sexo entusiasmado com a coisa. Não fiquei para ver, mas tenho a certeza que foram experimentando durante a tarde, minimizando a probabilidade de se cruzarem com uma colega mais atrevida que lhes perguntasse “Então? Foi bom? Sentiste-te limpo, aliviado, sequinho? Fez-te cócegas, impressão?”