Sob esta noite de lua cheia "apanhada" num dos meus locais preferidos de Lisboa, deixo-vos uma "carta" escrita e cantada por alguém que grande parte do que faz, tem o dom de me dizer muito e muito. Queria comentar, pôr a bold as partes que mais me marcam, mas a letra é demasiado boa para deixar de pôr a bold qualquer parte que seja. Tentando resumi-la diria que é uma carta de força e coragem, uma carta de libertação, uma carta para ser enviada a todos os que gostamos e para ser recebida com um sorriso nos olhos de pessoas que nos querem muito. Acho que só essas a conseguirão enviar ou receber de ou a alguém de forma sentida... Deixando-me de mais palavras cá fica:
"Não vá levar tudo tão a sério
Sentindo que dá, deixa correr
Se souber confiar no seu critério
Nada a temer
Não vá levar tudo tão na boa
Brigue para obter o melhor
Se errar por amor Deus abençoa
Seja você
No que sua crença vacilou
A flor da dúvida se abriu
Vou ler a carta que o Biel mandou
Pra você, lá do Brasil:
"Eles me disseram tanta asneira, disseram só besteira
Feito todo mundo diz.
Eles me disseram que a coleira e um prato de ração
Era tudo o que um cão sempre quis
Eles me trouxeram a ratoeira com um queijo de primeira
Que me, que me pegou pelo nariz
Me deram uma gaiola como casa, amarraram minhas asas
E disseram para eu ser feliz
Mas como eu posso ser feliz num poleiro?
Como eu posso ser feliz sem pular ?
Mas como eu posso ser feliz num viveiro,
Se ninguém pode ser feliz sem voar?
Ah, segurei o meu pranto para transformar em canto
E para meu espanto minha voz desfez os nós
Que me apertavam tanto
E já sem a corda no pescoço, sem as grades na janela
E sem o peso das algemas na mão
Eu encontrei a chave dessa cela
Devorei o meu problema e engoli a solução
Ah, se todo o mundo pudesse saber
Como é fácil viver fora dessa prisão
E descobrisse que a tristeza tem fim
E a felicidade pode ser simples como um aperto de mão
Entendeu?
É esse o vírus que eu sugiro que você contraia
Na procura pela cura da loucura,
Quem tiver cabeça dura vai morrer na praia."
Djavan
terça-feira, julho 04, 2006
Carta
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1 comentário:
sem palavras...
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