O pensamento faz-se lento. Fazemo-lo brando. Os caminhos são-no, porque neles se vêem idas. Mas poucas voltas. Entre cacimba e orvalhada, espreitam achas lá na casa. Quando fora da estação de tempo quente, é também caldo lá dentro. São as almas.
Na Herdade do Sobroso há muito porque ficar. Frontal, o silêncio dos sobreiros, faz-nos buscar idas energias. A luz sadia do tempero no alimento prende-me. Paladares finos. Há lá tinto, noz para abóbora em doce e um bom dia de amigo. São os quereres.
Ainda bem que assim te encontramos. Alentejo distante, sozinho, aromático. Mais d’alguns que nosso. Cama branca, monte desenhado a cera da cor que mais gostamos. Entre estradas não muda nada. Nem as gentes. Nem as posses. Mas mesmo assim és labirinto de planura. São as saudades.
C.
quarta-feira, janeiro 07, 2009
Alentejo profundo
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3 comentários:
arrebatada com o texto e com as fotos!!!!
Sem palavras... muito bom
Obrigada amigas! Beijos ;)
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