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terça-feira, março 10, 2009

UM VERDADEIRO DIA DA MULHER!

Há coisas mesmo boas na nossa vida e às vezes não podiam ser mais simples!

Este ano, comemorei o Dia Internacional da Mulher a rever amigas de sempre e para sempre.

Contas feitas, já são uns 21 anos de amizade, algures interrompidos pelas circunstâncias da vida. Não via a S. e a C. há uns 4 anos e antes disso outros tantos e antes desses muitos outros! Não estava com a P. há 14 anos e este reencontro só foi possivel porque fui descoberta no Facebook!! Imaginem, são as verdadeiras vantagens das tecnologias de informação e comunicação e há que fazer uso delas!

Adorei confirmar que há coisas e mim que são de sempre, como a gargalhada! Delirei com a conversa do fato-de-treino, quando nos lembrámos que a C. usava um cor-de-rosa (veste-se de preto há anos e anos!), a S. tinha um do Snoopy (idem aspas aspas com o preto) e a P. tinha um azul escuro clássico! E Eu??? "Eu, que me lembre não usava fato-de-treino. Devia usar t-shirt e calções!", e dizem elas: "Tu????? Tu usavas Benetton com letras garrafais em toda a roupa!". Será verdade?! LOLL

É por isto que a minha vaidade cresce! É porque tenho um orgulho enorme em ver-me rodeada de amigos, diferentes, mas que me fazem ser o que sou. Alimento a minha memória para que daqui a muitos anos seja ela a alimentar-me e que estas estejam entre as melhores recordações que posso ter da construção da minha personalidade!

Obrigada amigas por todos os momentos maravilhosos que passámos!

C.

sexta-feira, janeiro 30, 2009

Le Salon

Avenida da Liberdade, 262.
Cabeleireiro do Ano, no Hair Fashion Portugal Awards 2008, entre outros títulos internacionais.
Humilde, focado, determinado, frontal e muito, muito seguro.
Claro que tive de perceber quem era a pessoa no artista. E ele deixou.

Também deixei. Disse-lhe só que profissionalmente tenho de manter uma imagem minimamente normal.
Sobre o espaço e o conceito, muitas estrelinhas! É um misto de Lisboa anos 50, com retoques de l´époque Marie Antoinette e sombras Sweeney Todd! Giro ver a multiplicidade de ambientes que se podem criar nos altíssimos pés direitos das grandes avenidas de Lisboa... Recomendo tudo, tudo! Se um dia vos apetecer tratar do ego, este é o sítio ideal porque tem o melhor cabeleireiro, o melhor ambiente, o chá que ajuda a relaxar, consultas de body brain e astrologia, massagens, estética e muita energia boa!
E pensar que o meu dia não podia ter começado pior, depois do surreal e agressivo contacto com um tal de Renato de um recôndito cabeleireiro em Oeiras, o Chill Factory. Este senhor conseguiu perder duas novas clientes porque se enganou na hora de marcação, baralhou-se com o que nós queríamos fazer e não teve a humildade de se desculpar. Ao invés, culpabilizou-nos e não mostrou qualquer flexibilidade nem interesse em remediar o sucedido. A cena acabou comigo a dizer que desistia da marcação porque não havia serenidade e muito menos confiança! É nestas alturas que sabemos bem o que queremos e nós quisemos o Aurélio Ramos!

C.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Ocorrência!

Quis a sorte – ou, por outra, o enorme azar de um abcesso num dente – que eu fosse confrontada, mais uma vez, com um médico recém licenciado, desta vez com uma Senhora Doutora Odontologista, cuja a aparência era a de não ter mais do que 26/27 aninhos…

Entrei no consultório e, depois de olhar para a minha ficha (previamente preenchida pela assistente), pergunta-me ela assim: - Então a Isabel, de que é que se queixa? Fiquei um momento na dúvida entre ficar aborrecida com as “confianças” ou ficar lisonjeada por ela me considerar da idade dela, ou seja, 10 anitos mais nova… Preferi optar pela segunda hipótese e contei-lhe o que se passava: uma fortíssima dor de dentes, que não me tinha deixado dormir. Mandou-me sentar e, assim que me apanhou de boca aberta, toca de martelar em todos os dentes para saber se me doía. Como teve pouca sorte e começou pelo lado errado, eu tive de a interromper a meio e dizer-lhe que a dor era no lado oposto. Olhou então na direcção certa e, depois de fazer um exame rigoroso, proferiu o diagnóstico, preciso, rigoroso e inabalável: “Trata-se aqui de uma ocorrência dentária.” Ah, pois é!!!! Quando se utiliza terminologia específica e a gíria adequada, tudo fica muito mais claro!

Depois de detectado e correctamente identificado o problema, avisou-me de que iria fazer um Raio-X para tentar perceber a origem da referida ocorrência dentária. E assim foi! Fez-se o Raio-X e, mais uma vez, o diagnóstico não tardou, objectivo e conciso: “Os dentes não têm nada. O que a Isabel tem é um episódio gengival.” Estava eu ainda de boca aberta (desta vez, de espanto!), esmagada pela infalibilidade do veredicto, e já ela sacava dos autocolantes cor-de-rosa e do bloco das receitas, onde começou então a medicar: “Vai fazer o Clavamox durante 8 dias, Brufen de 8 em 8 horas, Ben-u-Ron também de 8 em 8 horas, e o Clonix 2 vezes por dia, em SOS. Do Clonix é que não convém realmente passar das 2 vezes/dia, porque é muito forte.” Desmoralizei… Senti-me a pia de despejo dos remédios fora-de-prazo do hospital de Sta. Maria… Para fim de consulta, e porque já estava perfeitamente esclarecida quanto ao mal que me atormentava a boca, perguntei apenas qual era a causa da inflamação na gengiva, ao que a Sra. Doutora respondeu que o próximo passo, caso o abcesso não passasse com a avalanche de remédios que ela me prescreveu, seria a “desvitalização do dente, e até eventualmente a extracção”. Porque é que se vai arrancar um dente são? Isso já não perguntei, não fosse ela responder-me que “uma ocorrência dentária dá geralmente lugar à extracção de dentes sãos, haja ou não um episódio gengival associado”….

E pronto! Depois de pagar a bonita quantia de 37€, que me custaram mais a dar do que me teria custado a efectiva “extracção” do dente, lá me retirei do consultório e fui para casa.

Ficam então aqui os ensinamentos que retirei desta sessão de consultório:

1. Primeiro há a “ocorrência”, ou seja, a classificação do problema. Assim, se for uma dor num dente, a ocorrência é dentária; se for uma dor de barriga, é uma ocorrência gastro-intestinal; e se for falta de tusa, será uma ocorrência urológica.
Parece-me que, até aqui, não há dúvidas…

2. Dentro da ocorrência há então o “episódio”, ou seja, a origem ou causa do mal. Retomando os exemplos anteriores, a ocorrência dentária era devida a um episódio gengival, como a ocorrência gastro-intestinal poderá ser originada por um episódio gástrico, hepático, ou até anal/rectal; e como a ocorrência urológica poderá ser causa por um episódio testicular ou, talvez até, “penal” (de “pene”….)

Parece fácil, não? Então, e as sub-divisões?! Imaginemos que a dor de barriga se deve a gases no intestino. Não há dúvida que se trata de uma ocorrência gastro-intestinal, e que se trata de um incómodo causado por um episódio intestinal. Mas, e a parte dos gases, como é que se define? Eu chamar-lhe-ia um “apontamento”, neste caso “gasoso”. Ficava assim:

“O que o senhor apresenta é uma ocorrência gastro-intestinal, provocada por um episódio também ele intestinal, o qual é causado por um apontamento gasoso.” Eu, pessoalmente, acho que fica bonito, mas enfim, aceitam-se outras sugestões….

Não hão-de os médicos andar 6 anos na faculdade…!!!!
Isabel Palma

sexta-feira, maio 26, 2006

Velhas Práticas de Mkt - Teoria "INHO"


Já toda a gente reparou que faz parte da gíria da Restauração acabar sempre as palavras (sobretudo as que tenham a ver com comida…) em “inho”.

Ora, isto não se deve ao facto de os géneros alimentícios serem pequenos ou em pouca quantidade (normalmente, antes pelo contrário….). Este uso e abuso dos diminutivos tem a intenção de exprimir qualidade: acaba em “inho” o que é bom! A carne, só pelo facto de ser “carninha”, tem logo aspecto de ser tenra. O “peixinho” dá logo ar de ser fresco. A “cervejinha” vai necessariamente ser bem tirada. O “arrozinho” é solto, e as “batatinhas” são douradas! Ao ouvir a palavra “pãozinho”, qual reflexo de Pavlov, o cheiro a pão caseiro, quente e estaladiço, imediatamente abalroa as nossas pituitárias! Apetece comer, tudo parece ir cair bem!!!! A própria “continha” (quer que a traga?) promete ser suave e moderada….

O que é isto? É marketing, meus amigos!!!! É verdade! Anda pr’aí malta em faculdades, a estudar teorias complicadíssimas, para chegar onde chegaram os empregados de mesa há anos, com o seu saber de eficiência sobejamente comprovada!!! Já pensaram nisto?! A aplicação do “inho” em outdoors, em folhetos, em anúncios…. Gente do marketing, toca a acordar!!!!

E aqui vai um exemplo do que pode passar-se num restaurante onde uma família comum (2 adultos e 2 crianças) decide ir matar a fome:

Pai ou Mãe - Então, hoje o que é que tem?
“Garçon” (para lhe dar um ar chique de restaurante francês) - O prato do dia é carapauzinhos com arrozinho, que está uma especialidade! Mas se preferirem, tenho ali um peixinho fresquinho, acabadinho de chegar, que só grelhadinho, com umas batatinhas, fica de se lhe tirar o chapéu!
Pai ou Mãe - Então pode ser o peixe grelhado. E para as crianças, bife com batatas fritas, por favor.
“Garçon” - Então pr’ós meninos é só o bifinho com as batatinhas fritas?
Pai ou Mãe - É, sim.
“Garçon” - E para beber?
Pai ou Mãe - São duas cervejas e água para as crianças.
“Garçon” - (em voz baixa enquanto escreve) Duas cervejinhas e uma aguinha….É tudo?
Pai ou Mãe - É, sim.
“Garçon” - Muito bem, então trago já o pãozinho com as azeitonazinhas.
por ISABEL MONTES PALMA