segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Juno


Estou a “bater a pestana”, mas vou aguentar-me para conseguir assistir à cerimónia dos The Oscars 2008. Estou sem dormir desde as 07:00 e antes dessa hora devo ter dormido umas 4 horas... escusado será dizer porquê!

Este foi mais um Domingo de cinema. Fui ver “Juno”, seduzida pelo argumento de Diablo Cody, aliás, seduzida por um argumento escrito por uma ex-stripper que se dedicou a esta arte tardiamente (se calhar não o suficiente para evitar levar uma estatueta dourada para casa!).

Sabia que “Juno” tinha várias nomeações, mas no íntimo arrisquei pensar que tal se devesse ao facto de ser mais um filme produzido com baixo orçamento, baseado numa história criada e enriquecida por uma excêntrica argumentista. Sensacionalismo hollywoodesco.

Nada disso. Vale mesmo todas as nomeações. Até parece mais uma produção europeia em vez de norte-americana. Não existem momentos baixos no filme. Os diálogos são hilariantes. A representação da Ellen Page fascinou-me. Gostava imenso de ver mais representações dela porque, sinceramente, não me lembro de ter tido um feeling tão forte em relação ao potencial artístico de uma promissora carreira em representação.

A cena dos calções! Rapazes a correr deixam “transparecer” a sua jovialidade na imaginação atrevida de uma teenager, no auge dos seus sweat little sixteen ;) a mim, ambos pensamento e imagem são completamente familiares!! Fez-me lembrar a cena das “cuecas de gola alta” no Diário de Bridget Jones (qual foi a mulher que nunca passou por algo semelhante??!).

Estou a torcer pelo “Juno”. Não vi a maior parte dos filme nomeados mas gostava que este ganhasse Melhor Actriz e Melhor Argumento Original. Vamos ver...

ct

sábado, fevereiro 23, 2008

Deixa-nos dormir!


Que eu já sabia que filho meu não poderia ter bom feitio, não é novidade. Já estava preparada!

Mas o que eu não esperava é que esta "amostra de gente" fosse tão enérgica e esfomeada que nem sequer iria conseguir dormir mais do que 5 horas seguidas!... Se fossem entre as 24:00 e as 05:00, ainda era como o outro. Mas não! Deixa-se dormir às 10:30 e acorda às 03:30. Daí para a frente acorda sempre de 3h em 3h...

Hoje eram 5h da manhã quando ecoaram os primeiros berros (sim, porque podia ter um acordar mansinho, bem-disposto). Tinha comido há menos de 2 horas, por isso não era fome. Nem era nada a não ser "não quero dormir mais, nem estar no berço por isso brinquem comigo!". Calhou ao pai entretê-lo. Acabaram os dois na sala, a dormir no sofá (entre as 05:00 e as 07:00 ninguém pregou olho). Eu acordei às 10:00. Vamos ver como vai ser hoje...

Segunda-feira faz 4 meses e vai à Pediatra. Espero sinceramente que ela nos dê uma solução para lidar com tanta energia e fome. Daqui a um mês regresso ao trabalho e nem quero imaginar como vai ser se estes ritmos se mantiverem.

ct

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Sweat Sweeney Todd

Imperdível, claro!

Longos meses de pausa na cinefilia bem compensados com um Sweeney Todd fortíssimo, num registo de musical incaracterístico de Tim Burton, mas igualmente "valioso" na projecção do imaginário quando comparado, por exemplo, com Charlie e a Fábrica de Chocolate.

Gostei bastante. Fui gostando em crescendo à medida que o filme ia desenvolvendo. Numa história pouco rica vi caracterizações e cenários fantásticos, numa Londres porca, escura (tantas vezes assim retratada por outros realizadores) de tonicidade gótica.

E depois é assim: ele canta. O Johnny Depp. Não há nada de bonito, excitante ou atraente na sua personagem, mas damos por nós a valorizar mais ainda o seu talento e capacidade de representação quando nos planos que a realização nos dá de Mr. Todd nos fixamos no seu sobrolho constantemente franzido de cena para cena, num ligeiro tique na boca que expressa exactamente o pensamento da personagem naquele momento e até quando acompanhamos o seu andar esguio, firme e obstinado.

Recomendo, muito embora tenha sido a única em 6 a adorar o filme e ter assistido a algumas pessoas abandonarem a sala a meio. É um musical, até arrisco dizer que se não fosse este o género não seria tão bom.

ct

quarta-feira, fevereiro 13, 2008